Não fosse por isso eu não teria feito letras, nem gostasse de linguagem, nem sentisse prazer em leituras: A professora (e uma caixa abarrotada de livros) pediu que escolhêssemos um e o levássemos. Na euforia mal deu pra escolher e acabei pegando no sorteio um livreto de vinte páginas e um título parecido com “O passarinho e a árvore” ou alguma coisa assim sem sal. Os meninos tentaram convencer-me a trocá-lo por outro cinco vezes mais grosso, de capa interessante e colorida, com naves, guerreiros espaciais e um robô no centro de tudo, além do título: “Os passageiros do futuro”. Aceitei a troca (que foi lucrativa) e o devorei com prazer, guardando-o na memória com carinho e a consciência de que ali se iniciara minha paixão pelos livros, não através de leitura imposta, mas escolhida. Detesto a coleção Vaga-Lume, mas naquela época o brilho deste pirilampo guiou-me nesta estrada torta, deslumbrante, decadente e tão etc: Literatura.
3 comentários:
Interessante como algumas coisas não acontecem por acaso. História simples, mas nem por isso simplória!
obs: bota pilha no kiran! no bom sentido, é claro []'s
putz, bill, esse era o único da vaga-lume que eu tinha, mas na época, acho que o comprei pela capa e não passei da segunda página. mas valeu, ao menos você moeu.
Não lembro bem quando comecei a gostar de literatura, sei que foi bem depois do tempo em que li as coisas da vaga-lume, talvez já no segundo grau, quando comecei a ler o Herman Hesse, já um pouco sobre a influência do RPG, apesar de que coisas como Senhor dos Anéis serem insuportáveis. Gostei foi da imagem do livro, como que um antigo livro de receitas mágicas...
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